quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Triste Sina




Vejo-me rodeado de caprichos, insinuações e puras virgens imaculadas.
Santas dos pés à cabeça, como telhados de vidro rachados.
Puras no que fizeram e de lençóis brancos, pelo sono solitário e bordado com as mãos dos anjos.
A culpa é sempre do mesmo, quando fica entrincheirado meses a fio, no alpendre farpado pelas mãos dos desgraçados.
A culpa morre solteira, com as visões interesseiras, do culpado ser sempre o elo mais fraco.
Triste sina, para quem se esconde por trás dos filhos, quando deles se esqueceu, por diversas ocasiões, onde deu azo às suas vinganças tresloucadas.
Triste sina, para quem se entregou como uma lamparina para esfregar o desejo e alcançar o Aladino.
Triste sina, para quem vive a apregoar humilhações e gozações. Dentro dos caminhos que se cruzam com conhecidas e esquecem-se que pelo mesmo, passou o agora desconhecido.
Há vida maldita que deste a este mundo crianças já, com idade para ter juízo.
E eu é que sou o culpado de tudo!!!!
Que venha o Natal, para amolecer os corações e perdoar os gritos das ofendidas. Que se escondem no calor dos carinhos dos homens que lhes dão guarida.

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