domingo, 3 de abril de 2011

Dar um tempo já nao Basta



Os anos correram como a água dos rios, onde no inicio o pecúlio era frágil, com uma mão repleta de sonhos e outra a transbordar de desafios, já que a herança era zero e o olhar em frente, transformava cada dia num manancial de conquistas.
Somos acusados de não prepararmos atempadamente este ciclo. Já que o tempo das vacas gordas é demasiado curto, para ficar na história, recheada de pastos secos e vacas magras.
E quando assim é, o muro do resguardo é derrubado como se de Berlim se tratasse e abrem-se os rombos para numa espécie de convite envenenado, regressarmos às origens, num começo do zero, já com a barba esbranquiçada e as rugas tatuadas.
Estamos num tempo para os mais capazes!
Como, pouco interessa!
Porque a selva é densa e os perigos são constantes.
Derruba-se uns, dizima-se outros. E lá estão dúzia e meia de conquistadores, de troféu na mão vangloriando-se dos feitos granjeados, pouco importando os métodos, já que em plena selva as armas nunca são limpas.
Para os restantes, a desesperada procura de soluções ainda pouco claras no que anseiam, mordem os calcanhares repetidamente, dadas as poucas saídas que se deslumbram. Depois de levarem um valente murro no estômago que os obrigou a deitar cá para fora o eco da dor, quando devia ser a despensa do alimento diário, armazenado para as bocas daqueles que ainda se encontram desprotegidos.

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