sábado, 30 de abril de 2011
Que Mundo é Este
Que nos rouba uma vida de alicerces fortes como o betão. Onde a alegria é sinónimo de união. E num abrir e fechar de olhos desmorona-se num autêntico turbilhão.
Que mundo é este!
Que rouba como um ladrão sem escrúpulos os sorrisos apaixonados, os sorrisos carinhosos. Fazendo emergir os olhares duros e distantes, com o dedo apontado em riste, como lança que trespassa o coração e nos empurra para o alcatrão.
Que mundo é este!
Que rouba os simples miminhos dos petizes, já encaminhados para outra realidade, em muitos casos comprados com guloseimas de encher o olho. Entrelaçados no lado materno não deixando duvidas na escolha que preferem.
Que mundo é este!
Que nos perfura até ao interior da alma, a solidão ainda dentro do nosso lar.
A angústia de olhar o futuro sem esperança de um novo rumo.
Que mundo é este!
Mergulhado na corrupção e compadrio. Que compra a honra a quem antes jurava dar a vida por ela. Inundando ainda mais a sociedade de pobreza, invadindo cada vez mais as nossas sarjetas.
Que mundo é este!
Que leva a uma morte lenta, a cada dia que passa, os apanhados nas malhas da desgraça.
Que mundo é este!
Liderado por um Deus, transformado em dezenas de fariseus. Que nos roubam o simples pão para saciar a fome e alimentar o amor, de lares abençoados por esse mesmo Deus.
Que mundo é este!
Traidor. Há maldito mundo!
Que cavas um buraco sem fundo, centímetro a centímetro. Ao mesmo tempo que lanças corpos inanimados ainda com vida, que sucumbem ao peso da escuridão sufocante.
Mas dessas catacumbas, irão emergir os heróis que com a força de vencer. Acordarão dum coma profundo e do zero edificarão um novo destino.
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