Como é
possível, termos um governo odiado pela maioria da população e ele continua de
pedra e cal.
Por
menos burburinho, à uns anos atrás teria caído como um castelo de cartas. Dado
não aguentar tamanha agitação popular e teríamos eleições o mais cedo possível.
Temos
uma oposição, amedrontada, não sabendo para que lado virar todas as suas
baterias e deixa-se ir no engodo deste governo e refugia-se nas quatro paredes
das sedes nacionais.
Nem o
Partido Comunista, uma força sempre activa na procura da defesa dos mais
desprotegidos e hoje lança uns piropos políticos contra este governo, quando
sente que o povo, quer ir para a rua gritar! Para o acompanhar, em vez como
antes o incentivar.
O
Partido Socialista, sempre bode expiatório deste governo que o utiliza, quando
injecta o veneno que está a matar a cada dia que passa, a esperança dos
portugueses. Encolhe-se num secretário-geral, feito de pipocas e ovos-moles e
deixa andar o comboio Passos e companhia, fazendo-se refém de uma fraca
alternativa.
Mas o
que me espanta é a coligação que nos governa!
Nunca
uma coligação em Portugal deu tantos frutos, com tamanha agitação popular.
Quanto mais não fosse, uma delas normalmente a mais frágil, aproveitava-se
dessa mesma agitação e abandonava o barco logo ao primeiro raio de tempestade.
Neste
caso, governam como siameses, com sorrisinhos para as câmaras, deixando as
guerras de palavras tão bem camufladas.
E
perante este clima de ódio de uma boa parte da população a este governo. A
coligação segue de, vento em popa, passando ao lado da fome, que já impera nas
crianças deste país e na desgraça das famílias que tudo perdem enquanto o diabo
esfrega o olho.
As
comadres dão-se bem (Passos e Portas). Repartem as mazelas, que viraram chagas
da população portuguesa. E esperam pacientemente (enquanto aproveitam os tempos
de antena para avisar que vem aí mais austeridade), pelo fim do mandato e aí distribuirão
rebuçados aos molhos para os portugueses adoçarem o bico. Esquecendo-se rapidamente,
das graves feridas que os covardes lhes infligem pelas costas e mesmo sem pinga
de vergonha cara a cara. Preparando-se para mais quatro anos, já que mesmo sem
um olho (a maioria), Passos poderá ser rei!
Oh,
que saudades do prazer em que nós povo dirigíamos o nosso destino e mandávamos
borda fora os incautos que nos governavam.
Dava
prazer vê-los a anunciar a renúncia. Com greves gerais que calavam o bico ao
Cavaco Silva, fazendo-o descer da sua petulância e mais tarde abandonar a política
numa invernação que só viu a luz do dia quando o povo se deixou levar (aí povo,
povo que te compras por uma saca de tremoços) e conduziu-o ao trono máximo da nação
e hoje ele ali está: de lado parece que está de frente. E de frente nem se vê!
E anos
antes, Mário Soares! Saltou de coligação para entendimentos, sem resultados práticos.
Porque o povo exprimia o seu descontentamento malhando forte e feio. E o famoso
Bochechas, lá governou com entraves que hoje eram a nossa tábua de salvação. Ressuscita
Cunhal e trás os valentes camaradas de peito firme veríamos a caça aberta aos
Coelhos e respectivo galinheiro.
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