sábado, 1 de dezembro de 2012

Ressuscitem os que o Povo seguia



Como é possível, termos um governo odiado pela maioria da população e ele continua de pedra e cal.
Por menos burburinho, à uns anos atrás teria caído como um castelo de cartas. Dado não aguentar tamanha agitação popular e teríamos eleições o mais cedo possível.
Temos uma oposição, amedrontada, não sabendo para que lado virar todas as suas baterias e deixa-se ir no engodo deste governo e refugia-se nas quatro paredes das sedes nacionais.
Nem o Partido Comunista, uma força sempre activa na procura da defesa dos mais desprotegidos e hoje lança uns piropos políticos contra este governo, quando sente que o povo, quer ir para a rua gritar! Para o acompanhar, em vez como antes o incentivar.
O Partido Socialista, sempre bode expiatório deste governo que o utiliza, quando injecta o veneno que está a matar a cada dia que passa, a esperança dos portugueses. Encolhe-se num secretário-geral, feito de pipocas e ovos-moles e deixa andar o comboio Passos e companhia, fazendo-se refém de uma fraca alternativa.
Mas o que me espanta é a coligação que nos governa!
Nunca uma coligação em Portugal deu tantos frutos, com tamanha agitação popular. Quanto mais não fosse, uma delas normalmente a mais frágil, aproveitava-se dessa mesma agitação e abandonava o barco logo ao primeiro raio de tempestade.
Neste caso, governam como siameses, com sorrisinhos para as câmaras, deixando as guerras de palavras tão bem camufladas.
E perante este clima de ódio de uma boa parte da população a este governo. A coligação segue de, vento em popa, passando ao lado da fome, que já impera nas crianças deste país e na desgraça das famílias que tudo perdem enquanto o diabo esfrega o olho.
As comadres dão-se bem (Passos e Portas). Repartem as mazelas, que viraram chagas da população portuguesa. E esperam pacientemente (enquanto aproveitam os tempos de antena para avisar que vem aí mais austeridade), pelo fim do mandato e aí distribuirão rebuçados aos molhos para os portugueses adoçarem o bico. Esquecendo-se rapidamente, das graves feridas que os covardes lhes infligem pelas costas e mesmo sem pinga de vergonha cara a cara. Preparando-se para mais quatro anos, já que mesmo sem um olho (a maioria), Passos poderá ser rei!
Oh, que saudades do prazer em que nós povo dirigíamos o nosso destino e mandávamos borda fora os incautos que nos governavam.
Dava prazer vê-los a anunciar a renúncia. Com greves gerais que calavam o bico ao Cavaco Silva, fazendo-o descer da sua petulância e mais tarde abandonar a política numa invernação que só viu a luz do dia quando o povo se deixou levar (aí povo, povo que te compras por uma saca de tremoços) e conduziu-o ao trono máximo da nação e hoje ele ali está: de lado parece que está de frente. E de frente nem se vê!
E anos antes, Mário Soares! Saltou de coligação para entendimentos, sem resultados práticos. Porque o povo exprimia o seu descontentamento malhando forte e feio. E o famoso Bochechas, lá governou com entraves que hoje eram a nossa tábua de salvação. Ressuscita Cunhal e trás os valentes camaradas de peito firme veríamos a caça aberta aos Coelhos e respectivo galinheiro.

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