O homem perde tudo num abrir e fechar de
olhos.
Jogos e jogos carregados de vitórias. Festejados
como se o título já cá cantasse, por entre abraços e sorrisos estridentes.
E num simples jogo com o vizinho que até
oferece a praia, lá se vai a diferença para até perder no dragão. E o medo
instala-se em poucos dias, depois de tantos a carimbar grandes jogatanas.
Deus é ingrato para Jesus seu filho da bola.
Deixa-o lançar as redes para recolher o peixe
bendito. Mas por uns simples segundos, desaba-lhe o teto em cima, sufocando-lhe
a respiração e nem de joelhos recebe a absolvição.
E como não há uma sem duas, espera pelas duas
sem três. E lá se vão as finais tão perto da alegria. Como das lágrimas da
amargura.
As férias acalmam um pouco o mundo
Benfiquista. Mas o futuro de Jesus está nas mãos de Vieira.
Acredita piamente nele. Logo depois de lhe
apertar a mão, oferece-lhe também os anéis.
E quem possui anéis dá logo nas vistas. E pela
negativa!
Meia dúzia de jogos e já deixou fugir a carruagem.
Deus é generoso, levanta jesus e leva-o à vitória.
Primeiro arrefece o fogo do dragão. Depois de
longas labaredas o dragão deixa acabar o gás.
Jesus apressa-se a chamar a menina da botija
para aquecer o banho aos jogadores e num abrir e fechar de olhos o Benfica já
está na corrida.
Saca ponto aqui, vai buscar mesmo à Madeira
pontos nas barbas de Jardim (confesso portista) e a duas jornadas do fim é campeão
numa festa de parar a respiração.
Não há resposta dos adversários. Mesmo a
jogar com dez, não um jogo, mas mais que dois. O Benfica derruba o Porto e
rouba-lhe duas finais.
Mas a época ainda não terminou!
Deus é grande e enche Jesus de vermelho para
se juntar á nação encarnada.
Aproximam-se mais trofeus!
Dois canecos podem ser fáceis. Outro, além-fronteiras
pede bênçãos bem perto do Vaticano.
É rezar aos novos santos, Papas recentes. E como
tal, virados para quem mais rezar e como somos seis milhões, seremos os
primeiros a ter as bondosas graças.
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