Noite que chegaste ameaçadora, cobrindo os
montes num manto negro que assustava quem
pela estrada desejava rapidamente
chegar a casa.
Acompanhava-te o terrível vento.
Embora distante, já se fazia sentir pelos orifícios
do vestuário ainda tanguinhas, de um verão que terminou o seu reinado.
Quando por fim desceste para tomar conta do
mundo, obrigaste-me a recolher apressadamente ao leito, depois de uma refeição
devorada, já que previa uma noite sobressaltada.
O vento era tão forte, que abalava a tênue
janela, mesmo com ferrolhos de madeira de cedro.
Eram 3 da manhã e abri os olhos assustado.
Escondendo o rosto na roupa que pesava.
Os montes ao longe, não lhes fazia frente,
tamanha a velocidade que emanava.
Tudo em sua volta vergava como varas verdes e
ramos que se soltavam de vários tamanhos, eram impelidos contra o edifício já
saturado dos longos anos edificado.
Há vento de um raio, que me arrastas pelo
soalho.
Por fim acalmaste com o chegar da aurora.
E as
olheiras fartas, foram o sinal de uma noite terrivelmente agitada.
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