domingo, 3 de maio de 2015

Abre só um Olho




Ontem caminhei pela calçada, numa noite fresca e convidativa.
As ruas estavam fartas de jovens num vai e vem constante, procurando o espaço onde pudessem expor o seu encanto.
Levava-te no pensamento!
Dedico-te todos os momentos, agora muito mais devido ao isolamento.
Caminhei uma boa hora, desde casa até ao barzinho, para beber uma cervejita e deixar correr como a água do rio bem perto. O tempo.
Necessito que ele corra e me traga o momento de poder chegar junto ao teu peito.
Sentei-me no bar bebendo uma cerveja bem cara!
Há porta, eram só topos de gama. Numa vaidade de roçar o espalhafato.
Todos os caminhos iam dar a este bar, num desfile de roupas de marca e perfumes nada baratos.
Mas nada adiantava!
 O meu pensamento estava instalado no teu olhar que me chamava e eu voava para junto dele.
Pedi outra cerveja, porque fazer sala ficava caro ao espaço, já que encontrar um banco almofadado, era como descobrir uma agulha num palheiro.
Até me admirei quando entrei, depois de estar uns minutos a beber em pé, alguém com sotaque turco e de barba farfuda, mas impecavelmente aparada. Descobrir dois bancos para nos instalar e permanecermos na beleza daquele espaço.
Uma hora depois voltei!
Caminhei bem junto ao rio que me guia até bem perto do fim do caminho. De volta ao quarto, onde me encontro com as tuas lembranças. Os nossos momentos e os infatigáveis desejos.
Acordei e logo te chamei!
Bom dia, maravilha.
Sei que te enrolas nos lençóis, mas abre só um olho para me dares um bom dia!

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