Ontem caminhei pela calçada, numa noite
fresca e convidativa.
As ruas estavam fartas de jovens num vai e
vem constante, procurando o espaço onde pudessem expor o seu encanto.
Levava-te no pensamento!
Dedico-te todos os momentos, agora muito mais
devido ao isolamento.
Caminhei uma boa hora, desde casa até ao
barzinho, para beber uma cervejita e deixar correr como a água do rio bem perto.
O tempo.
Necessito que ele corra e me traga o momento
de poder chegar junto ao teu peito.
Sentei-me no bar bebendo uma cerveja bem
cara!
Há porta, eram só topos de gama. Numa vaidade
de roçar o espalhafato.
Todos os caminhos iam dar a este bar, num
desfile de roupas de marca e perfumes nada baratos.
Mas nada adiantava!
O meu
pensamento estava instalado no teu olhar que me chamava e eu voava para junto
dele.
Pedi outra cerveja, porque fazer sala ficava
caro ao espaço, já que encontrar um banco almofadado, era como descobrir uma
agulha num palheiro.
Até me admirei quando entrei, depois de estar
uns minutos a beber em pé, alguém com sotaque turco e de barba farfuda, mas
impecavelmente aparada. Descobrir dois bancos para nos instalar e permanecermos
na beleza daquele espaço.
Uma hora depois voltei!
Caminhei bem junto ao rio que me guia até bem
perto do fim do caminho. De volta ao quarto, onde me encontro com as
tuas lembranças. Os nossos momentos e os infatigáveis desejos.
Acordei e logo te chamei!
Bom dia, maravilha.
Sei que te enrolas nos lençóis, mas abre só
um olho para me dares um bom dia!
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