Falei com um anjo que perdeu a vontade, de
oferecer sonhos quando procuro a almofada.
Eram
sonhos idílicos, recheados de amor tão puro como a cor das suas asas.
Surgiam de madrugada depois do primeiro sono.
Para os saborear com o coração descansado.
Caminhavam depois comigo durante as longas
horas, que preenchiam o meu farto caminho.
Ofereciam-me sorrisos rasgados, porque era
maravilhoso recordar sonhos bem acordado.
Por vezes perdia-me nesses sonhos e entrava
no mundo da lua, só despertando quando algum murmúrio me chamava à realidade.
Agora quando a noite toma conta do meu silêncio,
sinto um vazio imenso com a escuridão, que me desperta com o coração fatigado.
Prometeu-me se voltar a sonhar, contar-me
tudo e voltar a amar.
Aguardo ansioso a visita do anjo.
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