domingo, 19 de junho de 2016

Eu Sou o Cristiano Ronaldo




O sorriso vale ouro.
O gesto facial, define a imagem que se banaliza, tantas vezes repetida.
O indicador em riste dizendo que não, por norma nunca será ter razão!
O cabelo encerado com gel, nem com as fortes torradas da bola se desloca um milésimo.
Talvez por isso o cérebro, não deixe levar a bola para transbordar a exultação.
As quedas são conhecidas de árbitros com sorrisos manhosos. E os protestos só captam, as camaras teimosas.
A certeza de um golo acontecer, leva-o a querer tudo fazer! E o ridículo acumula-se, quando o desespero se acentua.
É agarrado constantemente e insistentemente.
Mas a camisola não se desgruda do corpo escultural (dizem elas, de lábios debuxados), bronzeado pelo sol do país irmão.
Tantos puxões, que dá dó. Por fim é marcado, o que tanto é ansiado.
Mas a esperança do sucesso esbarra na pouca crença do espectáculo. E o poste tantas vezes beijado, desta vez enfeitiçado!
Não tem tatuagens da moda como os vinte e um, que correm atrás da bola.
Mas na pausa do intervalo, é vê-lo só de tanga à Cristiano Ronaldo.
No final até dá pena sem saber o que fazer. Desaperta a braçadeira do querer e abraça o desespero, de quem galga, as grades do interdito.
As esperanças em si depositadas, esfumam-se de uma assentada.
Resta-lhe o traquejo de melhor do mundo, para de um momento para o outro, conquistar o que deveras ambiciona (e tanto desejamos), num palmarés que já entrou na história.

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