quarta-feira, 8 de junho de 2016

O meu Jardim




Sou levado pelo dia que se vai embora. Depois de horas encaixado em aros e portas.
Aproxima-se a noite com a rua fantasma sem viva alma, nem animais a vasculhar as esquinas sem espinhas para saborear. E recolho-me no silêncio do quarto, onde até a televisão marca passo.
Resta-me os sonhos e a claridade da luz da estrada que me vigia durante as horas da madrugada.
Amanhã ao despertar, saberei se sorrirei ao caminhar. Enquanto pela janela que liberta o ar da manhã, contemplo o meu jardim floreado.


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