Adoro caminhar pela noite!
Algumas vezes com um rumo definido. Outras,
sem o mesmo estabelecido.
Noites quentes como as recentes, percorrendo
uma avenida enorme como uma grande serpente. Farta de sinais vermelhos para
acalmar os mais velozes, com máquinas potentes.
Por vezes apanho o autocarro e é com alívio
que prenuncio o local que destino, ao motorista já habituado às prenuncias
desajeitadas.
Vou atento ao quadro electrónico que vai
avançando os lugares da rota do 611, conforme o andamento do condutor do bus.
E lá está o meu local para a noite.
Carrego no botão encarnado e de um salto
estou às portas do Peppo.
Pouco tempo lá permaneço.
Não me agradou a barafunda saltitante com
muito calor à mistura. E resolvo partir para a frescura do rio.
O silêncio é de ouro e os meus passos
assustam a tranquilidade da garça pousada no pedestal granítico, esperando que
o dia nasça para apanhar o peixe mais desafortunado.
Ao mais pequeno ruído, desaparece pelo meio
do rio para pousar debaixo da ponte mais acima.
E miro-a! E ela também.
Eu continuo o meu caminho. Ela permanece
imóvel de bico amarelado pouco se importando, se tiver que voar para outro lado
ao mais leve ruído, de passos inoportunos.
Chego a casa mergulhada no sossego de
fim-de-semana.
Fim-de-semana para descansar.
Fim-de-semana para sonhar.
Fim-de-semana para continuar a passear, a
Natureza por cá é tão verdejante porque chove regularmente.
Fim-de-semana para bela ou grande desilusão.
É só esperar pelos nossos campeões!
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