domingo, 31 de julho de 2016

Já fomos Três.




Durmo só, quando já fomos três.
Embora o quarto, agradavelmente espaçoso. Era nítido sentir bem de perto as atribulações de um ou dois, libertando o cérebro preso pelas inquietações.
Viver momentos de cada um, principalmente em noites que lá fora o vento varria qualquer movimento e rangia a janela num silvo tremendo. Com os raios da trovoada a desenhar formas invulgares nas paredes. Fazia-me encolher nas mantas como um menino assustado.  
 Mas só?
 É a liberdade das minhas emoções e tenho sonhos, que decoram as quatro paredes.
É tanto espaço que espalho a roupa pelas camas e por vezes durmo, ora perto da janela para sentir o dia nascer e descerrar-me os olhos para mais rapidamente levantar.
Ou então, bem junto ao fundo do quarto, para que a luz lá fora onde o calor já torra. Não interfira com o prazer em alongar o corpo, pelo correr da manhã.
Pela semana a hora resvala e o corpo reclama.
 São poucas horas para que o corpo relaxe o necessário e o sono alivie o peso do cérebro bem apertado.
No fim dessa louca semana bocejo repetidas vezes com prazer pela cama.
Por isso já é meio-dia e ainda estou de pijama!

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