Retirei do bolso migalhas de amor e lancei-as
ao ar, para o vento as levar!
Necessitava dele como o sangue que me corria
nas veias e ofereci o coração, sem perceber, que a alma estava já refém desse
amor imaculado.
Vivia-o como o ar que respirava e depois de o
partilhar sentia-me jovem e revigorado.
Era as minhas energias para a ausência forçada
e os momentos saboreados, aproximavam-me hora a hora da minha fada amada.
O amor infelizmente tem sempre um fim. Quando
pensamos que se assemelha à água que corre nos rios, branca como marfim.
Sobraram as migalhas, soltadas sem dor.
Mas a semente continua presente. E não tarda
brota como uma serpente.
Enorme e omnipresente, enlaçando corpos
sedentos de amor há bastante tempo ausente.
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