sábado, 16 de julho de 2016

Retirei do Bolso




Retirei do bolso migalhas de amor e lancei-as ao ar, para o vento as levar!
Devorei esse amor com uma fome de lobo. Era demasiado intenso e maravilhosamente delicioso.
Necessitava dele como o sangue que me corria nas veias e ofereci o coração, sem perceber, que a alma estava já refém desse amor imaculado.
Vivia-o como o ar que respirava e depois de o partilhar sentia-me jovem e revigorado.
Era as minhas energias para a ausência forçada e os momentos saboreados, aproximavam-me hora a hora da minha fada amada.
O amor infelizmente tem sempre um fim. Quando pensamos que se assemelha à água que corre nos rios, branca como marfim.
Sobraram as migalhas, soltadas sem dor.
Mas a semente continua presente. E não tarda brota como uma serpente.
Enorme e omnipresente, enlaçando corpos sedentos de amor há bastante tempo ausente.

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