Duas horas de viagem, depois de onze horas
para concluir o trabalho e o pôr-do-sol aparece-me, acompanhando-me como um
anjo da guarda!
Mesmo com as nuvens negras, ele não desprega
o olho para me guiar por entre obras que nunca mais acabam. E não descolo o
olho dele.
Meia hora passou e, ele aproveitando uma
nesga da formosura do céu, oferece-me toda a sua beleza. Mesmo com o dia
longo e as notícias das vinte, a desviar a atenção.
Eleva-se mais e mais fugindo ás extensas
nuvens negras, dilatando antes de se recolher, toda a alucinante luz, num final
de dia magnífico.
Uma hora
depois procura-me por entre as árvores verdes como a esperança. Guiando-me com
segurança.
Está omnipresente, acompanhando o serpentear
da via rápida, que rasgou o coração da montanha.
No final da viagem, são já
vinte e uma e trinta com o cansaço evidente e o estômago estridente. Despediu-se
bem longe, antes de mergulhar no outro lado do mundo.
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