O povo prepara-se para mais um jogo, num Europeu
que define os melhores entre os melhores. E entramos na última semana, que vai
ditar os dois finalistas para disputarem o famoso troféu do velho continente.
Não adianta voltar a falar do impacto que o
futebol nutre em todo o mundo. É só assistir ao frenesim que se vive durante um
jogo e logo entre duas nações com vasta história de campeões, para avaliar a
histeria e ansiedade, que cada lance de possível golo invade os apoiantes.
Italianos e Alemães, discutiam taco a taco a
presença nas meias-finais, (onde já está Portugal), num jogo que entrou pelos penaltis,
num falho eu e logo falhas tu. Até que necessariamente um deles teria que rumar
a casa mais cedo.
E a sorte sorriu ao Alemães, depois de terem
estado a um pequeno passo de serem eliminados.
Num ápice as ruas foram entupidas de buzinas
estridentes e o povo eufórico com mais uma vitória, da grande favorita à
conquista do troféu.
A Alemanha embrenhou-se na euforia, que durou
pelas altas horas da madrugada.
A polícia já preparada para estas festas de
rua. Ocupava pontos estratégicos da cidade e dissuadia qualquer excesso dos
compatriotas.
Nunca pensei que os alemães vivessem tão
intensamente o futebol (por norma um povo frio de emoções). Mas são malucos
pela bola e enchem todos os lugares onde existir uma cadeira e bebem canecas de
cerveja, até que as camisolas brancas se tingem de amarelo, babados pelo licor
que jorra como erva daninha nos canteiros dos alpendres.
Foram-se os italianos comunidade muito forte
por estas bandas e é com estrondo que os alemães manifestam a sua alegria,
perante a tristeza dos italianos que bem perto de mim envolveram-se em
confrontos com africanos que içavam a bandeira alemã.
A semana está prestes a iniciar-se.
Pelo meio joga-se a cartada final para se
conhecer os dois melhores. Espero que na quarta percorra a vasta avenida com a
bandeira das quinas e a buzina bem audível. Tão solitários, como a surpresa
presença da nossa seleção na final. Sinal que no domingo, estamos a discutir o
caneco tão desejado.
Somos poucos mas somos notados pelas ruas de
Wuppertal, que nos acolhe há mais de um ano.
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