quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Ao raiar do Dia




Termino o trabalho e encontro o pôr-do-sol, quando me refresco de um dia tão longo, como a distância que me separa do descanso.
Ele, o pôr-do-sol, mergulha nas costas da montanha para iluminar a outra parte do mundo.
Eu miro-o por instantes e elevo a sua beleza, como a única alegria que este dia me proporcionou.
Parto, deixando-o para trás na esperança de quando o voltar a encontrar, mais um dia se passou e a semana se encurta, para por fim, abraçar o descanso.
Os dias já se amontoam como degraus sem fim.
Regressei há três semanas e muitas mais me esperam, para de novo regressar para umas merecidas férias.
Até lá pouco de novo se passará!
Dias e dias repetitivos.
 Noites repletas de voltas na cama, revendo momentos felizes.
 A almofada amarrotada com o cérebro pesado das marradas nas escoras das lajes que elevam a empreitada.
Ao raiar do dia, toca a seguir pelas estradas desertas dum povoado verde e repleto de animais. Que se aglomeram, na busca do alimento que o homem maquinalmente lhe serve, para mais tarde fazer dele o seu alimento.

Sem comentários: