sábado, 17 de setembro de 2016

Entendo cada vez mais esta Vida




Percebo o desenrolar da vida, como ela entende a minha preocupação em torna-la risonha para mim.
Não é fácil!
 Atendendo a que ela faz parte de um universo de famintos, prontos a devorar o pão que o criador ofereceu a todos, mas muitos de nós, amolga o pão que o diabo amassou.
A chuva não dá tréguas desde que a noite entrou nos aposentos apinhados de gente, em busca de melhor vida para as crianças alimentadas a slogans da comunicação em rede. E obriga a desistir do sustento, já encharcados em molhas de longos minutos a bater o dente.
Chuva que não pára. Tempo que não voa e cá estou, na esperança de melhores dias e entendendo cada vez mais, esta vida.
Dor que fere o físico, mas que não atormenta o espírito. Esse, por agora ditoso. Acalorado por momentos bonitos, em dias puros repletos de magia.
Olho o horizonte da janela com vista para o verde da Natureza.
Não vejo alma que se movimente. Não vislumbro animal que busque alimento.
O dia está deprimente, a casa acumula-se de gente. O sossego é sonegado compreensivelmente pelas gritarias dos mais ásperos e desbocados.
Só me resta esperar e acomodar-me no meu canto.
Nem tudo é mau, já que o fim-de-semana chegou e pode ser que a noite me proporcione algum conforto.

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