Percebo o desenrolar da vida, como ela
entende a minha preocupação em torna-la risonha para mim.
Não é fácil!
Atendendo
a que ela faz parte de um universo de famintos, prontos a devorar o pão que o
criador ofereceu a todos, mas muitos de nós, amolga o pão que o diabo amassou.
A chuva não dá tréguas desde que a noite
entrou nos aposentos apinhados de gente, em busca de melhor vida para as crianças
alimentadas a slogans da comunicação em rede. E obriga a desistir do sustento,
já encharcados em molhas de longos minutos a bater o dente.
Chuva que não pára. Tempo que não voa e cá
estou, na esperança de melhores dias e entendendo cada vez mais, esta vida.
Dor que fere o físico, mas que não atormenta
o espírito. Esse, por agora ditoso. Acalorado por momentos bonitos, em dias
puros repletos de magia.
Olho o horizonte da janela com vista para o
verde da Natureza.
Não vejo alma que se movimente. Não vislumbro
animal que busque alimento.
O dia está deprimente, a casa acumula-se de
gente. O sossego é sonegado compreensivelmente pelas gritarias dos mais ásperos
e desbocados.
Só me resta esperar e acomodar-me no meu
canto.
Nem tudo é mau, já que o fim-de-semana chegou
e pode ser que a noite me proporcione algum conforto.
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