Hoje o meu irmão mais velho faz anos!
Não brinquei com ele de pequenino.
Não me
deu umas palmadas na infância.
Não me
deu conselhos na adolescência.
E só uma vez dormi com ele!
Para irmos às enguias, de noite e como nada
pesquei, dormi sem sono e estranhando a cama ainda de almofada de palha.
Vivia com a minha avó no meio de rezas e Deus
primeiro.
Com um
quintal para andar com a bicicleta de madeira e o rio tão perto que numa
corrida descalço, lançava-se de peito feito.
No Inverno quase lhe molhava os pés, num
quarto encostado à rua ainda de terra batida.
Nós vivíamos entrincheirados em vizinhos!
Hoje somos irmãos de corpo inteiro. Vivemos paredes
meias com a alegria de nos vermos sem pensar, que estivemos tanto tempo. Tão
perto e longe um do outro.
Parabéns mano! Sabes que estou no fundo da
mesa a comer o arroz de cabidela e a beber o maduro tinto que tenho que levar
porque tu só bebes verde branco.
E canto-te os parabéns com a prenda do costume!
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