Cheguei depois de imensas horas a percorrer
seis países.
Caia a
noite e a chuva recebeu-nos no sopé da montanha. Onde ficamos instalados com as
montanhas ao redor, ainda coloridas de branco.
Estou no paraíso e só falta conhecer o que
por cá, os austríacos esperam de nós.
Vontade e ganas de vencer não nos falta. E
estou em crer, que vamos conseguir, deixar a marca do nosso profissionalismo.
Hoje domingo, fui conhecer a cidade em redor.
Estou com um pé na Alemanha onde vivo. E com
o outro onde vou trabalhar, na Áustria. Por isso passar a fronteira é obrigatório!
E como não podia deixar de ser, cometi logo o
primeiro descuido!
Fui parado na fronteira todo risonho a olhar
para os polícias (as), belas e jovens, mas quando me pediram a identificação, fiquei
vermelho como um pimento.
Esqueci-me na mochila já arrumada em casa e o
desespero era tão evidente. Como evidente era, a minha argumentação em explicar
o que acontecera.
Depois de meia dúzia de explicações, deixaram-me
passar (policia simpática e compreensiva). E continuei a conhecer a cidade
esquecendo o desconforto totalmente.
Na volta, como de alimentos, nada trouxemos. E
tudo por aqui está fechado. Armazenámos o que os agricultores que por cá têm à
venda, em barraquinhas de madeira escancaradas.
É só necessário
introduzir o dinheiro em caixas de metal e seguimos a nossa vida.
Comprei ovos e batatas caseiras. Massa e licor.
E juntamente com os enlatados que ainda
restam, vou fazer um pitéu de bradar aos céus.
Tenho paté e atum. Sardinhas e pão fresco (o
que consegui comprar a um preço de desesperar).
Com este arsenal, é só deitar cedo e logo
pela manhã cinco e meia levantar, para mostrar do que sou capaz.
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