quinta-feira, 30 de março de 2017

Se vissem agora os nossos Rostos




Ainda bem que estamos longe.
E não ligamos ao maluco que esculpiu o busto do Ronaldo.
Se fossem os nossos, passados quinze dias de batalhar no betão pré-fabricado
Era um há meu Deus? Que se passa com eles?
Um tem um obsesso do tamanho de uma ameixa.
Foi-se o chumbo, abrindo uma cratera de armazenar a bucha.
Outro, pinga pelo nariz como velas a iluminar moribundos.
Já não bastam as mangas das vestes marcadas pelo escuro do ferro. Salpica o rosto de mesclas amarelas.
O mais louco, morre de amores pelos cantos.
E tem medo, que lhe juntem os trapos se, não voar rapidamente para os braços da Julieta desesperada.
O resistente às intempéries do tempo, vive a domar animais de quatro patas.
Deu-lhe nomes de imperadores que perduram na história e, é vê-lo, a saudar o Nero e a Vitória!
Por último, o que se mantém fiel ao que julga ser o rumo da vida!
Muda de país mas não muda a mobília e carrega consigo a mochila da equipa.
Olha por todos e tem mais olhos, mesmo com abundante barriga.
Faz as contas de cada dia e dorme aconchegado, com duas almofadas para não perder o consolo dos recentes dias.
E é isto a nossa vida!
Cada dia é uma batalha vencida e só pedimos que a guerra nunca termine.
E que nos vá dando umas férias, em voos ansiosos para chegar à terra prometida.

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