Não sei se parti. Porque ainda aqui estou!
Longos dias repetindo os passos, que já
martirizam as calçadas.
Um pouco farto de não fazer nada e sonhando
com momentos bem distantes.
Salvam-se as amizades conquistadas e os
desejos concretizados.
Não sei se voltei. Porque ainda lá estou!
Apesar de por dias me encontrar tão longe que,
sozinho, num quarto virado para o que ainda resta da neve, teimando em não deixar
os cumes que abraçam o céu. Adormecia no paraíso.
Revi mais uma vez o pôr-do-sol belíssimo, que
me saudava à chegada.
Seria o de cá, sempre a levar a ansiedade de
esperar melhores dias.
Ou o de lá, que me conduz a noites tranquilas.
Foram poucos dias para arrumar as trouxas, já
com teias de aranha que pelas noites infinitas, faziam de anjo da guarda.
Fim de um ciclo num país.
Outro se seguirá, já com as malas a abarrotar
de agasalhos e de sonhos que desde garoto me acompanham.
Só sei que senti por dias, a adrenalina do
vai e vem, sempre com aquele friozinho que arrepia.
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