Nada resta, a não ser a consolação dos
momentos vividos!
Foram imensos, em horas intensas, como se o
mundo terminasse a qualquer instante.
Duraram tempo infinito!
Originou quezílias por vezes ingratas, em
diálogos duros e convicções drásticas.
De um lado, a convicção do engano, como se o
engano fosse, a cura para refazer a vida, ao pé da necessidade em esquecer o
infortúnio.
O
engano foi amiúde acusado, como bandeira hasteada, para fazer querer já fora
das quatro paredes, o sacana em que ele se tornara!
Até no último dia, em que o sacana partia, de
malas carregadas de nostalgia. Apareceu à porta de casa, de choro estampado e
rosto maquilhado.
Correndo para o canto lírico e vivendo uma
vez mais, a paixão já entupida e o corpo já partilhado.
Ele, tudo sentia!
Ele percebia a crueldade da vingança. Mas queria
uma vez, partilhar a réstia da esperança.
Já não havia esperança! Nem Deus, para salvar
a exposta vingança!
O tempo passou. Os meses voaram e o amor que
tanto tempo se arredou, de dois seres loucos por se pendurarem nos corpos,
sempre expostos para se saciarem. Partiram para outros abraços.
De um lado, abraços do tempo de escola onde
se apregoa aos quatro ventos um amor, só agora entendido e já expandido.
Do outro, enleios enferrujados com uma
amargura evidente, de muito tempo de sofrimento. Sendo esse factor, a fuga para
não mais viver o mesmo sentimento.
Sobra a luta constante, de dois seres que têm
bem presente, os momentos que fizerem deles unha e carne pelo tempo.
E hoje lutam cada um, pelo saboroso presente!
Sem comentários:
Enviar um comentário