Olho da varanda, num dia especial, onde a Ressurreição
de Cristo é há mais de dois mil anos, anunciada. A montanha tão perto de mim,
que se desabasse, iria certamente me engolir.
É enorme!
Num pico gigantesco, onde nem o
mais adaptado animal conseguiria chegar ao cimo.
E do seu cume à minha casa, a distância é tão
curta que, se desintegrasse. Cobriria de pedregulhos e faria desaparecer em
segundos, as casas que a percorrem em quilómetros sem fim. E a estrada por onde
me guio todos os dias.
É de uma estrondosa beleza esta montanha
criada pela Natureza.
Já descobri que a serpenteia uma estrada onde
o homem criou a segurança para descobrir o seu final.
Até meio, a estrada que abriu as entranhas da
montanha. Oferece a extraordinária beleza de presenciar uma vista maravilhosa,
onde o homem criou os alicerces de se multiplicar e viver.
Depois para chegar ao seu cimo, ainda não descobri.
Mas na parte mais ampla do seu cume, existe um edifício bem visível, que para
lá existir. Alguém teve que carregar os materiais por caminhos que os lá fizeram
chegar.
Será o meu ponto de encontro nos fins-de-semana,
que cá passarei até regressar ao meu país.
Hoje está um dia frio e chuvoso. E nem lá
para fora posso sair.
Anuncia-se neve para os altos e dá a sensação,
de ter regressado o Inverno.
Já dormi mais que o habitual. Passo a tarde a
mordiscar guloseimas e a beber umas cervejas.
A dona da casa, ofereceu-nos uma dúzia de
ovos de Páscoa. Pintados por ela e com uma dedicatória ao dia, em português bem
legível.
Foi a primeira Páscoa que passei fora do meu
País.
Mas
como Cristo está em toda a parte, aqui bem perto na capela da herdade. Fui
agradecer e eu próprio reconhecer. Que o seu sofrimento, ainda é a fé que conduz
a humanidade.
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