domingo, 7 de fevereiro de 2016

São Todos Iguais


A gente só procura nos outros, aquilo que apaga em si!
Abolimos todos os fragmentos que nos corrompiam as entranhas e tentamos procurar nos outros, passado o tempo da euforia da conquista, vestígios daquilo que nos afastamos.
É uma tarefa tremenda, dado ser perceptível no início uma afável ternura para conquistar o mundo.
Depois com o decorrer do tempo os fragmentos dão à costa e os remendos rebentam pelas costuras e volta tudo de novo a fazer parte da nossa vida.
Culpamo-nos por voltar a viver as tormentas emoções que se misturam com desejos, materializando-se em momentos felizes, mas que não apagam o crescente mal-estar que se torna evidente.
São todas iguais! Dizemos como evidência de anos vividos com a sua presença. Usam sistematicamente a arma da negação do corpo como forma de pressão, para a satisfação das suas certas convicções.
São todos iguais! Dizem elas como realce quando algo corre mal. Só lhes interessa o escape da carne, esquecendo-se da angústia do coração.
E na certeza desta firmeza, seguimos a nossa vida esperando que o que apagamos em nós, possa ser definitivamente incinerado em quem nos oferece a mão!

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