A gente só procura nos outros, aquilo que
apaga em si!
Abolimos todos os fragmentos que nos
corrompiam as entranhas e tentamos procurar nos outros, passado o tempo da
euforia da conquista, vestígios daquilo que nos afastamos.
É uma tarefa tremenda, dado ser perceptível no
início uma afável ternura para conquistar o mundo.
Depois com o decorrer do tempo os fragmentos
dão à costa e os remendos rebentam pelas costuras e volta tudo de novo a fazer
parte da nossa vida.
Culpamo-nos por voltar a viver as tormentas
emoções que se misturam com desejos, materializando-se em momentos felizes, mas
que não apagam o crescente mal-estar que se torna evidente.
São todas iguais! Dizemos como evidência de
anos vividos com a sua presença. Usam sistematicamente a arma da negação do
corpo como forma de pressão, para a satisfação das suas certas convicções.
São todos iguais! Dizem elas como realce
quando algo corre mal. Só lhes interessa o escape da carne, esquecendo-se da
angústia do coração.
E na certeza desta firmeza, seguimos a nossa
vida esperando que o que apagamos em nós, possa ser definitivamente incinerado em
quem nos oferece a mão!
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