domingo, 21 de fevereiro de 2016

Vestígios do teu Alinho




Deixei-te no meio da chuva, que nos encharcava a roupa.
Sentia pequenas gotas escorrendo pelo rosto, lavando a minha face do teu toque tão suave e tímido.
O meu cabelo molhado, aliviava o cérebro de emoções. Sentindo-o atear-se com o contacto da chuva fria.
E caminhei durante longos minutos pela avenida deserta numa madrugada gelada.
Acordei já a manhã trazia o som caseiro dos vizinhos arrastando cadeiras e pousando os tacho, fartos de carne gorda.
O espelho ainda me mostrava vestígios do teu alinho, num rosto satisfeito pelo carinho a que foi sujeito.



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