Deixei-te no meio da chuva, que nos
encharcava a roupa.
Sentia pequenas gotas escorrendo pelo rosto,
lavando a minha face do teu toque tão suave e tímido.
O meu cabelo molhado, aliviava o cérebro de emoções.
Sentindo-o atear-se com o contacto da chuva fria.
E caminhei durante longos minutos pela
avenida deserta numa madrugada gelada.
Acordei já a manhã trazia o som caseiro dos
vizinhos arrastando cadeiras e pousando os tacho, fartos de carne gorda.
O espelho ainda me mostrava vestígios do teu alinho,
num rosto satisfeito pelo carinho a que foi sujeito.
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