domingo, 29 de janeiro de 2017

A força que Carrego




Enlaço a minha força nos meus braços, multiplicando-os.
Só assim faço frente à enorme corrente, que me estilhaça!
É necessário enlaçar a minha crença, para suportar a incredulidade de alguém que se desfaz em exageros exacerbados, para manifestar a estupidez de me tentar alcançar, no limite do mais fervi exagero.
Já não basta a dureza de uma vida, longe de quem me deseja. Martelando os dias, para os enterrar no calendário que não se despeja.
E surge-me de premeio a dor de quem partiu, ainda com tanto tempo para sorrir.
Então, caminho sem cessar o destino. Sabendo de antemão, as paragens que ele mesmo, me anuncia.
Paro só na segunda, que me abre a porta branca que se mistura com os restos da neve que teimosamente não derrete.
Lá dentro encontro a bagunça da mudança. De quem quer virar a página, a um destino cruel, que amordaça.
Parto repentinamente para me juntar ao presente e deixar para trás imagens que não abonam, com a certeza na minha vitória.
É a força que carrego, enlaçada no meu cérebro!

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