Levanto-me ainda meio ensonado.
Com as queixas do costume: estava muito bem na
camita, logo agora que estava a dormir como um catraio e vem este despertador a
cortar-me os sonhos puros e a mandar-me para o intenso frio lá fora, antes que
chegue a hora, de entrar para a obra.
Com um olho aberto e o outro ainda fechado.
Ainda com ressaca remelada, apesar da água
fria, que lanço para as fuças.
Tomo só um café para despertar o destino,
porque apetite é fastio.
E deparo com este cenário?
Fico logo, de olhos esbugalhados e arrepiado!
Toda a noite nevou!
Toda a noite o vento assobiou pela janela do
quarto. Silvando a maldade de um inverno maldito.
Toda a noite fustigou as brechas do edifício.
Mas eu queria estar mais tempo na camita, sonhando com os meus meninos.
Toda a noite foi imensamente curta para
esquecer a tortura, de tempos recentes onde impera a diabrura.
Agora é tempo de descanso. Posso dormir uma
eternidade e passear pela calçada, mesmo que a neve me obrigue a caminhar com
dificuldade.
Sem comentários:
Enviar um comentário