domingo, 22 de janeiro de 2017

Os animais e os Estrangeiros





Estavam menos dois graus, mas a caminhada habitual, já faz parte do ritual.
Metade já percorrida pela enorme avenida, ainda com restos de garrafas vazias, de uma noite igual a muitas outras, de Sábado para Domingo.
Transpus a ponte para encurtar caminho e alcancei o passeio bem encostado ao
gradeamento, ombreando com o rio, que tranquilamente corria para o seu destino.
Patos nadando é tão natural, que nem se esquivam com a presença de qualquer humano e logo desconhecido.
Mas presenciar este casal (nem sei de que animais se tratam), é que é divino!
Descobri-os ainda longe e quieto como uma múmia, desliguei os fones e preparei o telemóvel, para ver se conseguia registar este momento.
Passo a passo sem deixar o mínimo ruído, aproximei-me o mais perto possível e, para minha surpresa, continuaram a pavonear-se na relva a dois metros do rio.
Tranquilamente alcançaram a margem. Primeiro um, e depois o outro por entre as pedras, desapareceram serenamente.
Só tive pena de não ter uma máquina para os captar mais pertinho e conseguir este momento bem nítido.
Por fim, já no retorno para casa, encontrei o que não esperava. E  alegremente, terminei o meu Domingo.
É reconfortante encontrar colegas que já pensava não os ver mais e mesmo sendo estrangeiros. Encontram-se a garimpar o mantimento, no país que lhes oferecem, melhores condições e longo tempo de sustento.  

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