O ano estava a terminar. Poucos dias faltavam,
para que o novo chegasse no meio de rolhas soltas e desejos pedidos.
Tinha-te conhecido depois de percorrido meia
centena de quilómetros e não tardou, que o teu encanto de menina crescida, me
levasse a ser ousado e te pedisse para me beijares.
Dá-me um beijo, pedi!
Ficaste surpreendida e sem palavras para me
responder. E senti a tua respiração mais raçuda.
Fizeste de conta que não ouviste e continuaste
com os teus delírios de uma vida um pouco madrasta.
Voltei a pedir-te: Dá-me um beijo!
-“Olha que dou, não me custa nada”! Respondeu,
de uma assentada.
E juntou os seus lábios aos meus, num espaço
repleto, na sua maioria jovens. Onde os nossos largos copos de Gin Tónico,
famoso da casa. Aumentaram o beijo da esperança. Tornando os nossos lábios
carnudos e desejosos.
Já não a ouvia!
Estava de cabeça pousada no sofá verde da
sala e, tu sentada olhando-me de cima para baixo. O que me encantava de
verdade.
Sentia os teus lábios bem perto enquanto
falavas. Por isso desejava-os espalmados nos meus.
Dá-me um beijo pedi eu!
E ela deu um, dois e mais porque não lhe
larguei o pescoço.
Primeiro inocentes, envergonhados, rápidos.
Depois fortes, profundos e alongados.
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