quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

O branco deambula pelas Estradas.




O edifício é todo envidraçado pelos corredores que ligam os dois lados.
E como constantemente percorria-os, deparava-me com a vista maravilhosa da neve caindo lá fora
Houve alturas que colava os olhos ao vidro para contar os flocos que caiam deslizando pelo meu trilho.
Eram contínuos e geometricamente desenhados logo que se solidificam no contacto com o frio e acumulam-se ordenadamente. Formando um manto macio, que nem as aves se atrevem a desordenar maravilhoso jardim tão branco como o paraíso.
 E caiu todo o dia!
Por vezes vinha fumar um cigarro e deixava que ela me caísse pelo corpo abaixo.
Calquei-a suavemente e enchi as mãos com a sua frescura e beleza de um branco imaculado.
Agora noite cerrada, olho de novo a vidraça da minha casa e o branco deambula pelas estradas.

Sem comentários: