O edifício é todo envidraçado pelos corredores que
ligam os dois lados.
E como constantemente percorria-os, deparava-me com a
vista maravilhosa da neve caindo lá fora
Houve alturas que colava os
olhos ao vidro para contar os flocos que caiam deslizando pelo meu trilho.
Eram contínuos e geometricamente
desenhados logo que se solidificam no contacto com o frio e acumulam-se
ordenadamente. Formando um manto macio, que nem as aves se atrevem a desordenar
maravilhoso jardim tão branco como o paraíso.
E caiu todo o dia!
Por vezes vinha fumar um
cigarro e deixava que ela me caísse pelo corpo abaixo.
Calquei-a suavemente e enchi
as mãos com a sua frescura e beleza de um branco imaculado.
Agora noite cerrada, olho de
novo a vidraça da minha casa e o branco deambula pelas estradas.
Sem comentários:
Enviar um comentário