quarta-feira, 18 de março de 2009
O Começo de Um Longo Ciclo para o PS
Neste ano de eleições que serão umas atrás das outras, não dando tempo para limpar os cartazes de umas para colar os referentes às que estão mesmo a chegar. Os nossos políticos irão (já devem andar) numa roda-viva.
Elas são três e como tal os lugares a ocupar são muitos! É de extrema importância dar tudo por tudo para que a primeira oportunidade surja para uma mão cheia de caras novas e garantir o lugar para os repetentes do costume.
Primeiro levamos com as do Parlamento Europeu. Escolhidos de cinco em cinco anos pelos eleitores de todos os 27 Estados-Membros da União Europeia.
Cadeiras convidativas, prontas a serem ocupadas por um grupo de candidatos saídos de um consenso interno de cada partido, que privilegia os amigos do partido e os amigos dos poderosos do partido. E alguns poderosos, caídos em desgraça por qualquer motivo.
No centro da Europa com vista para as grandes cidades, onde num abrir e piscar de olhos, lá estão para satisfazer compromissos de vária ordem. Com viagens pagas por todos nós, onde muitas das vezes se dá boleia a pessoas íntimas dos Deputados, já que quem paga cem, não custa nada pagar duzentos.
O vencimento é generoso, uma isca para grandes bocas.
Bocas de Doutores onde muitas vezes é pedido uns pareceres em matérias que levantam duvidas sem fim, na sociedade portuguesa. E assim acalma-se as multidões silenciosas, mas sem pressas de dispersar.
Bocas, de Professores letrados dos pés à cabeça e por isso, cada opinião é sinónimo de caminho a seguir por meia dúzia de pensadores que nos governam e com resultados que se assemelham a tempos já distantes que esses mesmos pensadores juraram nunca mais voltarem!
Bocas, de Doutores, Professores, Engenheiros, …. Como forma de paga de uns favores feitos, ora aqui, ora ali. Tudo dentro de um sistema enraizado sem fim à vista, dado que os amigos são para as ocasiões. E ocasiões como estas eleições são o mana dos Deputados eleitos, que durante os mandatos levam uma vida de lordes, num vai e vem de viagens sem fim.
Poucos ou nenhum assumem intervenções relevantes. Os nossos representantes inserem-se em grupos políticos, onde Portugal assume um papel meramente de presença. E a prova é que raramente a comunicação social faz eco de algo relacionado com os nossos eleitos, baseando-se mais nas viagens fantasmas que em dado período alimentou uma comunicação ávida por descobertas bombásticas.
Só que nestas eleições, joga-se muito!
Nomeadamente pelo partido que nos governa!
Alvo de sucessivas contestações de quase todos os quadrantes da sociedade portuguesa, o PS joga nestas primeiras eleições, importante indicativo de popularidade.
Precisa de um resultado que não deixe margem à oposição de cantar de galo, o que a acontecer seria catastrófico para garantir a maioria absoluta nas legislativas. E para isso, toca a reunir as tropas, com um só objectivo; formar uma lista de candidatos ao Parlamento Europeu que envolva as grandes figuras ligadas ao partido e convidar nomes sonantes dentro da sociedade civil, com provas dadas e que gozam de grande prestígio.
E os nomes começaram a surgir!
O primeiro e sempre o mais importante, que assume a cabeça dessa lista, é uma pessoa reputadíssima.
Jurista de créditos firmados. Colabora regularmente na imprensa com indicativos positivos para enfrentar os grandes e pequenos casos que ensombram o nosso quotidiano. Foi um tiro certeiro de Sócrates, saído daquela boca cheia de demagogia no XVI Congresso do PS, que deixou o opositor (PSD), num silêncio ainda sem fim à vista.
Dessa lista, faz parte um nome que é candidata à segunda maior Câmara do país. Mulher dos sete ofícios, se perder um abraça logo outro, tem sempre reserva para descarregar toda a energia que deus lhe deu.
Outros nomes são avançados, que ninguém confirma nem desmentem.
Portanto o PS, tem já os generais a postos!
Prontos a reunir as tropas para vencer o inimigo com o mínimo de perdas possível para que a vitoria não sofra qualquer tipo de contestação.
Estas eleições que normalmente mais de metade do povo português ignora. Onde a abstenção atinge valores elevados, é levada muito a sério pelo Partido Socialista.
Serão o começo de um ano que a história guardará para sempre um Sócrates (com maioria absoluta), amortalhado como um Faraó. Ou será o princípio de um fim que arrastará o Partido Socialista para o final de um ciclo que tanta insatisfação tem merecido!
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1 comentário:
Sabes que politica não é a minha área, nem tenho muita paciência para tal matéria - deixo essa para ti! lol
Desejo-te uma boa quinta feira.
Jinhos :)
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