terça-feira, 11 de maio de 2010
11 De Maio dia da Chegada do Papa
O Papa chegou e o país (funcionários públicos) parou!
Pararam as poeiras afastadas da rota do avião Papal e parou a chuva enquanto Sua Santidade caminhou pelo seu próprio pé em solo português.
Parou-se o trânsito em Lisboa e tentou-se mas não foi conseguido até agora, que o povo se acotovelasse aos molhos num audível VIVA O PAPA, às bermas das estradas para saudar o Papa.
As televisões esfalfam-se para mostrar as multidões que não existem, e os repórteres, tentam falar com o povo, tentando mostrar que se acotovela mas nem por sombras se presencia isso. Existem locais que um agente faz barreira a um só transeunte.
Trouxe-se a cavalaria em grande número à rua, para desenferrujar os cavalos e juntar mais de uma centena de militares, num tambor a galope único na Europa.
Assistiu-se no espaço de duas horas com tempo para Sua Majestade descansar um pouco. À troca de cumprimentos com o nosso presidente nada mais, nada menos por três vezes.
Sendo a primeira à chegada a Portugal.
A segunda nos Jerónimos. Onde a primeira-dama teve o privilégio de beijar a mão novamente decorada com o anel Papal.
E a terceira na visita ao Palácio de Belém onde para além dos cumprimentos do protocolo, também foi oferecida à família Cavaco (rica em netos a fazer inveja à natalidade do país), a fotografia familiar com o Papa de sorriso, para quebrar as más impressões que tem deixado em diversas aparições.
Pelas primeiras impressões este Papa não cativa. Força um sorriso que não é muito natural e tem um olhar estático consentâneo com a sua origem.
Não podemos esquecer a sua idade e louvar a sua força e até frescura olhando os 85 anos que carrega nesta sua já longa vida.
Mas está cá para trazer um pouco de esperança ao momento bem amargo que todos passamos.
Está cá logo num momento que o governo em peso perfilhado para beijar a mão ao Papa, resolve ensombrar ainda mais o dia-a-dia dos portugueses. Onde recebe Sua Santidade com honras de ouro dourado e milhões de euros gastos no bom e no melhor para quatro dias de visita.
Somos assim: oferecemos o que temos e o que vamos pedir em forma de obrigação aos pobres que se vêem aflitos para fazer contas à vida.
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