Digam o
que disserem, o futebol alimenta cada vez mais as paixões. Alivia as depressões
e atenua as desilusões quotidianas.
Ontem foi
a prova disso!
O Sporting
frente a frente com o gigante inglês, a abarrotar de libras saídas das arábias
como se de uma lamparina Aladina se tratasse. Tombou todo esse monte de riqueza
num sofrimento digno português e fez com que os ingleses, não mais se esqueçam
deste clube que vive momentos financeiros graves, mas que deixou a pele sem
precisar de correr atrás do prejuízo.
O futebol
anda nas bocas dos portugueses. E vá se lá saber o porquê este país de 10 milhões
de gatos-pingados (como a Europa nos vê), tem dois clubes por sinal da capital
nas altas andanças da bola europeia.
Primeiro
o Benfica, já dado como campeão, agarrado ao conforto da vantagem adquirida e
puxando dos galões do maior clube nacional, vê num abrir e fechar de olhos, a
vantagem diluir-se e pior, passando para a retaguarda de uma candeia que pouco
iluminou as aspirações. De um momento para o outro, volta à ribalta numa
atmosfera frenética e já hasteia a bandeira encarnada, com a águia a voar bem
alto, levando a que a nação benfiquista levante novamente a cabeça e siga o voo
em direcção ás conquistas finais.
Agora o Sporting, que marinava sucessivamente,
ano após ano. De repente ferve de orgulho e raça de leão e volta a rugir como
rei da relva, mostrando a quem chegar do sorteio que tem que fazer pela vida
para não ser dilacerado pela fera, que embora adormecida nas paisagens
alentejanas meses a fio. Levantou a juba e está pronto para reclamar o seu
território.
Também
o Braga. Pé ante pé lá está colado aos grandes, dependendo só de si, para
passar do sonho à realidade e de uma vez por todas, dizer alto e bom som, que
para sermos campões basta vencer os papa campeonatos do costume e assim fazerem
história neste país a abarrotar de conquistadores e infelizmente agora de angariadores.
Como se
nota, os portugueses vivem o futebol e tanto os Benfiquistas, os
Sportinguistas, os Bracarenses e até os Portistas, sempre candidatos ás
medalhas da rotina. Têm que forçosamente, porque o momento assim o exige de
falar e até viverem o futebol.
Assim temos
o futebol na boca do povo. Tanto melhor, esquecendo por horas as angústias diárias.
Estou em
querer que o futebol vai ajudar a que os juros da divida baixem até que a época
termine e queira Deus que traga conquistas e alegria.
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