Voei para o país da esperança.
Cruzei o oceano, sob uma imensidão de água, que tempo
depois se esgotava em ondas calmas de encontro á areia, nas praias repletas de
veraneantes nesta ilha onde aterramos numa paragem obrigatória, para nos levar.
Agora sim ao país das maravilhas.
Em duas horas chegamos lá num avião repleto de
turistas, acabados de terminar as férias nesta ilha de Palma, que nos obrigou a
ficar retidos no avião mais de duas horas, devido a uma tempestade tropical.
E como já não comíamos nada á mais de cinco horas, o
Mcdonald´s, de Palma foi o alivio para os estômagos e também um enorme susto
para recomeçar a viagem.
De facto quase ficávamos em terra e quando passamos o
balcão de embarque, já todos os passageiros estavam dentro do avião.
E claro, chegamos bem tarde e já com indicações para,
bem cedo, iniciarmos a nossa aventura profissional. Neste país que respira
actividade e não se debate com planos de austeridade.
Esperava-nos uma refeição ligeira e pão, leite, café´
presunto, fiambre. Para o pequeno-almoço, bem cedo.
Numas três
horas de sono, com os ouvidos a reflectirem ainda os efeitos do voo e a cabeça
pesada, por falta de descanso. Lá partimos nas carrinhas desta empresa, num
ambiente quase familiar, rumo ao local onde, mostraremos as aptidões para o
qual fomos contratados.
Agora que chegou o domingo e acabo de me levantar e
onde todos ainda dormem, sinto o meu corpo deslocado.
Um peso nele todo que dá a sensação que transporto algo
pesado, tolhendo-me os movimentos.
Por incrível que pareça este país que interfere nas
decisões desta Europa (que faz parte), abre os enormes braços, a quem vem para
cá continuar o que o nosso já não tem para oferecer.
Trabalhar é o lema de quem cá me recebeu e como paga,
temos as condições de alojamento no edifício da sede da empresa. Onde se está
como em casa.
Agora vem aí uma semana, que se avizinha dura,
durinha para quem estava habituado a ver os dias passar sem conseguir nada
arranjar.
É tudo novo!
É um mundo à parte. Neste país onde a segurança é
sagrada. E nada é feito ao acaso, sendo o desenrasque tao característico de nós
portugueses, proibido energicamente nestas paragens.
Temos fama de trabalhadores fora do nosso país.
Todos nos querem e nós portugueses corremos em busca
de quem ainda possui trabalho, para oferecer aos nossos, um futuro que abra expectativas aos que ainda gatinham para lá chegar.
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