Este governo
é uma autêntica capoeira, com dois galos a mandar e nada mais de lá se pode
esperar!
Tem dois
galos. Um é bichano ouço isto em qualquer lado. E o outro é mão de vaca, só vê
dinheiro à frente.
É bichano
porque não aborda as galinhas, só lhe interessa aqueles tipos da troika. Negros,
carecas. Magros e abonados de intestinos.
Com o
dinheiro que nos roubam, podem comprar imensos haréns, a abarrotar de
costureiras de prazeres. Que tudo remendam por trinta notas das verdinhas, cor
da esperança e quando à esperança à a certeza de lá voltar. E voltam, voltam. Até
que se cansam e viram para o outro lado. O lado do bichano!
O outro. Meu Deus parece um Fiat quinhentos,
daqueles antigos que abriam as portas ao contrário. Acredito que anda com os
bolsos bem forrados. Mas não pelas costureiras dos troikianos (ânus), e porquê?
Porque é tão somítico, que assim tem a certeza que nenhum cêntimo lhe cai pelas
pernas abaixo. E que pernas, também com aquela altura, nem som do precioso
metal sentia. Claro está, mais se justifica aquele reforço nos bolsos do homem.
E como
todos os somíticos nada dão a ninguém. Pelo contrário tentam a todo custo
roubar a quem esteja mais próximo. E como as vítimas são quase todos os
portugueses o Gasparinho Tremoceiro, fode-nos até lhe faltar o ar.
Há,
tinha-me esquecido! Existe outro galo, que se acotovela no meio das galinhas.
E acotovela-se
porque se arma em doutor. Doutor sem estudar. É mais doutor por correspondência.
As galinhas
dão-lhe cada baile, que o desgraçado, se vê às aranhas no meio delas. É demais
assistir ao martírio do pobre coitado.
Aproxima-se
a cristas (esta em vez de por o ovo engoliu-o), e zás saca-lhe uma pena. Levanta-a
no ar para que todo o galinheiro a veja e diz: um crédito para o relvinhas.
Logo de
seguida ainda o relvinhas está com um esgar de dor. Chegam a Inês e a Maria e
vai disto. As duas ao mesmo tempo sacam duas penas ao pobre coitado e bradam
aos céus (como quem diz ao telhado do galinheiro), dois créditos de uma só vez,
para o relvinhas.
Até os
três Pedros (Passos, Portas, Soares), querem entrar na festa e o galinheiro
vira um pandemónio.
É só
penas pelo ar! Dois, três, cinco e dez.
Tudo somado
leva a que o relvinhas, consiga o numero de créditos suficientes e lá está ele
Doutor e depenado como um franguito.
Dá dó ver o homem! Flácido, corcovado. A sorte
deste miserável é o bronze que ostenta. O Brasil faz milagres a corpos
enlatados.
Claro que
candidatos a galos á a qualquer hora, mas têm que esperar pelo seu momento e
pelas virtudes no desempenho do dever.
Ele á
cada um! Mas como ainda não deitaram a crista de fora nem me vou alongar. Só dizendo:
o Portas é o submarino do galinheiro. Pega nele quando as coisas dão para o
torto e imerge para a chafurdice dos esgotos. Transforma o galinheiro numa
pocilga.
A Paula Teixeira da Cruz! Faz-me lembrar uma
tia solteirona (que Deus a tenha), responsável pela abertura da porta do cemitério.
Como a chave era volumosa, metia-a nos peitos e lá andava ela numa de mamas
vistosas.
O Barreto,
sim o Barreto! Olha é o Barreto, digam o que disserem é o Barreto!
O Grancho!
Ou será gancho! Não é mesmo Grancho, fui agora à Net confirmar.
Mas à um. Aí se à! Que é tão querido de todos
os portugueses.
Vocês já
sabem de quem estou a falar. Eu sei que sabem.
É o Alvarinho!
Sim esse mesmo, o dos Pastéis de Nata.
Que querido,
que carinha de mascote. Foi mesmo feito para bibelot de secretária, com aquela
barbita perpendicular aos lábios e os sovacos perfumados.
O resto
nem sequer sei o nome.
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