sábado, 12 de janeiro de 2013

O Nosso Galinheiro



Este governo é uma autêntica capoeira, com dois galos a mandar e nada mais de lá se pode esperar!
Tem dois galos. Um é bichano ouço isto em qualquer lado. E o outro é mão de vaca, só vê dinheiro à frente.
É bichano porque não aborda as galinhas, só lhe interessa aqueles tipos da troika. Negros, carecas. Magros e abonados de intestinos.
Com o dinheiro que nos roubam, podem comprar imensos haréns, a abarrotar de costureiras de prazeres. Que tudo remendam por trinta notas das verdinhas, cor da esperança e quando à esperança à a certeza de lá voltar. E voltam, voltam. Até que se cansam e viram para o outro lado. O lado do bichano!
 O outro. Meu Deus parece um Fiat quinhentos, daqueles antigos que abriam as portas ao contrário. Acredito que anda com os bolsos bem forrados. Mas não pelas costureiras dos troikianos (ânus), e porquê? Porque é tão somítico, que assim tem a certeza que nenhum cêntimo lhe cai pelas pernas abaixo. E que pernas, também com aquela altura, nem som do precioso metal sentia. Claro está, mais se justifica aquele reforço nos bolsos do homem.
  E como todos os somíticos nada dão a ninguém. Pelo contrário tentam a todo custo roubar a quem esteja mais próximo. E como as vítimas são quase todos os portugueses o Gasparinho Tremoceiro, fode-nos até lhe faltar o ar.
Há, tinha-me esquecido! Existe outro galo, que se acotovela no meio das galinhas.
E acotovela-se porque se arma em doutor. Doutor sem estudar. É mais doutor por correspondência.
As galinhas dão-lhe cada baile, que o desgraçado, se vê às aranhas no meio delas. É demais assistir ao martírio do pobre coitado.
Aproxima-se a cristas (esta em vez de por o ovo engoliu-o), e zás saca-lhe uma pena. Levanta-a no ar para que todo o galinheiro a veja e diz: um crédito para o relvinhas.
Logo de seguida ainda o relvinhas está com um esgar de dor. Chegam a Inês e a Maria e vai disto. As duas ao mesmo tempo sacam duas penas ao pobre coitado e bradam aos céus (como quem diz ao telhado do galinheiro), dois créditos de uma só vez, para o relvinhas.
Até os três Pedros (Passos, Portas, Soares), querem entrar na festa e o galinheiro vira um pandemónio.
É só penas pelo ar! Dois, três, cinco e dez.
Tudo somado leva a que o relvinhas, consiga o numero de créditos suficientes e lá está ele Doutor e depenado como um franguito.
 Dá dó ver o homem! Flácido, corcovado. A sorte deste miserável é o bronze que ostenta. O Brasil faz milagres a corpos enlatados.
Claro que candidatos a galos á a qualquer hora, mas têm que esperar pelo seu momento e pelas virtudes no desempenho do dever.
Ele á cada um! Mas como ainda não deitaram a crista de fora nem me vou alongar. Só dizendo: o Portas é o submarino do galinheiro. Pega nele quando as coisas dão para o torto e imerge para a chafurdice dos esgotos. Transforma o galinheiro numa pocilga.
 A Paula Teixeira da Cruz! Faz-me lembrar uma tia solteirona (que Deus a tenha), responsável pela abertura da porta do cemitério. Como a chave era volumosa, metia-a nos peitos e lá andava ela numa de mamas vistosas.
O Barreto, sim o Barreto! Olha é o Barreto, digam o que disserem é o Barreto!
O Grancho! Ou será gancho! Não é mesmo Grancho, fui agora à Net confirmar.
 Mas à um. Aí se à! Que é tão querido de todos os portugueses.
Vocês já sabem de quem estou a falar. Eu sei que sabem.
É o Alvarinho! Sim esse mesmo, o dos Pastéis de Nata.
Que querido, que carinha de mascote. Foi mesmo feito para bibelot de secretária, com aquela barbita perpendicular aos lábios e os sovacos perfumados.
O resto nem sequer sei o nome.




Sem comentários: