A nossa vida por mais simples que seja, é
importante demais para a vivermos!
É revestida de momentos que passam como uma
pena esvoaçando. Empurrada pelo vento sereno e sem destino. Podendo-se perder a
qualquer momento em mil pedaços, estilhaçada por qualquer obstáculo com que se cruze.
Perante isto à que vivê-la intensamente
aproveitando os momentos. As oportunidades. As dificuldades.
Aparecem sorrisos diferentes que valem a pena
apreciar.
Descobrem-se olhares envergonhados que não podemos
deixar desvanecer, por isso à que transporta-los para a plenitude da grandeza, podendo
assim despertar sensações de fantástica beleza.
Aconchegamo-nos a centímetros de sensações palpáveis,
no meio da multidão entusiástica que não perde pitada da emoção, em momentos
que podem ser únicos.
São estes escapes ocasionais, que nos libertam
das preocupações diárias e nos alimentam o espírito e a alma para a sempre próxima
jornada.
Saltamos, bailamos, bebemos uns copos, para afugentar
o frio. Para sacar a adrenalina. Para enfrentar o dia-a-dia.
É isto que a vida nos pede para nos oferecer
o seu império.
Um império
que está nas nossas mãos, é só moldá-lo e vivê-lo intensamente. Seja no
resguardo de quatro paredes enquanto absorvemos as saudades que nos separam da
nossa árvore que deu frutos.
Seja no recanto da nossa intimidade que nos
faz correr uma lagrimazita malandra que rebentou de uma só vez, tamanho apertar
sucessivo de emoções desta vez incontidas.
A distancia é malandra, atraiçoa os
pensamentos e pode deixar-nos levar pelas emoções do momento.
Muitos quilómetros nos separam do ninho que
anos a fio mantivemos inalterado.
Eu aqui, tu aí.
Procuramos resguardar-nos das tentações de
boas intenções. Mas podem não passar de apoios malandros, que nos façam cair
nas garras sempre afiadas dos consolos disfarçados por uma migalha caída,
devido à fragilidade do momento.
A vida é dura sim senhora!
É repleta de pântanos infestados de
crocodilos humanos. Com carapaças modernas dos costureiros da época.
Mas com
mil anos de gerações, até à era dos dinossauros, que podem a qualquer altura
triturar-nos a armadura.
O Domingo já pede descanso para a semana. Estão
aqui colegas para uma jogatana. E lá vou curtir a seita, ainda não refeita das
mazelas de jornadas durinhas que se vão manter durante os próximos dias.
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