O arroz de tomate está no ponto
As sardinhas pequenotas, estão tão saborosas
que antes de chegar à mesa, já comi meia dúzia.
É Portugal no seu máximo!
O vinho é de Cantanhede e o pessoal é todo de
Barcelos.
É a mesa da nossa terra. Só faltando o pão para
que tudo fosse uma beleza.
Assim se culmina uma semana intensa. Trabalho
não falta e vontade de o transformar do papel ao esplendor dos nossos olhos, é
o prazer que todos desejamos.
Os meses passam e o dia-a-dia repete-se
constantemente.
As estradas já são tao familiares que olhamos
pela janela do carro, tentando descobrir algo de novo, que me leve a focar a atenção
e assim deixar rolar o veículo até ao destino. Evitando de abrir a boca num
bocejo, a pedir mais soninho.
Antes de saborear este petisco tão simples
mas tão desejado, quanto mais não fosse pela aproximação às raízes de todos nós.
Aguardo a noite, num cigarro apetecido.
Ainda é dia, mas espero que
ela chegue. Porque a noite abre-se num manto de estrelas que cintilam perante os meus olhos.
Talvez encontre uma surpresa,
no meio de tantas e descubra o
brilho tão longe, naquele cantinho!
O jantar terminou e os comentários
foram unanimes: sardinhas, há quanto tempo!
Torno a vir cá para fora, porque
a noite já é o meu tecto.
Saboreio o café e o ultimo
cigarro. Estou só. E só, quero estar!
Elas lá estão!
Tantas estrelas sem fim.
Os meus olhos percorrem, uma
linha onde se perfilam a maior quantidade.
Perscruto as maiores. Estão mais
perto e mais próximas estão de mim.
Sinto um sorriso numa delas.
Noutra, um piscar de olho,
que na noite cintila como um convite.
Apetece-me namorar com ela.
Já a descubro em noites anteriores
e não passamos de simples conversas.
Estendo a mão, para a
convidar a seguirmos a noite e contarmos segredos, que são no fundo a razão, da
nossa ligação!
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