segunda-feira, 29 de julho de 2013

Festejar com Quem está por Perto



Voltaram as nuvens e o sol vê-se negro para abrir espaço e soltar uns tímidos raios.
São nuvens cinzentas, que se instalam não muito longe da minha vista e tiram o colorido luminoso ao dia. Obrigando a que a chuva, surja e encharque a minha boa disposição.
Depois de um início de Domingo, a abarrotar de festejos, porque a data era marcante para mim. Juntei a malta que convive comigo (infelizmente a que me diz muito, está bem longe para festejos e lembranças de datas marcantes). E passamos umas horas repletas de alegria, o que acontece sempre que surge o fim-de-semana. Mas este como era especial, elevou os festejos e originou:
Desabafos. Que só surgem quando as garrafas se amontoam, o calor também era de abafar.
Confissões. Umas atrás das outras quando se bebe por beber. Confessa-se o que não se deve.
 Segredos nunca antes partilhados. Quando os olhos teimam em se fechar e já é necessário abraçar para ninguém cair para o lado. E lá surgem segredos, que deviam seguir até ao fim da vida, de quem os murmura.
E como festa é festa, nada melhor que terminar com um banho magnífico, quando o dia raiava.
 Num lago extenso de perder de vista. Nem o Felps, se atrevia a aventurar-se de uma margem para a outra.  
A água, que loucura! Estava tão deliciosa que estar dentro dela era o aconchego aos arrepios da manhã que sempre carrega uma brisa de agasalhar.
Ao longe sentia-se uns raios malandros, anunciando a mudança do clima que hoje se constata, e não tardou a uns chuviscos, de meia dúzia de minutos. Que ao tocar a água, transformavam-se em salpicos estonteantes, formando linhas horizontais, que proporcionavam ao lago um espectáculo só presenciado.
O lago era nosso! Aquela imensidão de água de perder de vista, estava por nossa conta.
Que liberdade! Que sensação de paz!
Voltei para umas horas de sono.
 Mais tarde o calor era brutal e voltar ao lago nem pensar. As margens encheram-se de enormes sombras humanas, que sedentas de frescura, procuraram o que horas antes nós, eramos donos e senhores.

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