E assim se foi a manhã do primeiro domingo
cá.
É a manhã do curar as ressacas, depois de uma
noite que se transforma em dia. O prato forte dos germânicos e companhia.
Todos esperam pelo sábado, o findar de uma
semana que para os alemães termina bem antes dos que cá tentam ganhar a vida.
E é vê-los em direção aos bares para aumentar
a alegria, afundando-se na cerveja que se bebe como água da torneira.
Depois, já a noite vai no auge da adrenalina,
correm pela praça fora encontrando-se nas discotecas à pinha.
E as horas passam e o cambalear sucede-se. E
a gritaria de musicas na ordem do dia.
Então musicas alemãs é o auge da euforia!
Nós portugueses, turcos, espanhóis, checos,
eslovacos, polacos, russos, estónios, romenos, húngaros, búlgaros. Enfim uma imensidão
de línguas que se misturam com os arrotos das cervejas que são mais de duas
mil. Curtimos á nossa maneira.
E todos com a graça de Deus, divertem-se sem distúrbios
de monta e oferendas de bebidas que nos levam a beber para lá da medida.
Encontro um alemão mais de um metro e
noventa, que bebe como uma esponja.
Não o conheço de lado nenhum, nem ele me viu
mais gordo!
E a cada rodada de três amigos, uma é me
oferecida, que agradeço envaidecido.
Faço questão de pagar a próxima. E nem pensar,
o colosso germânico está com vontade de esvaziar a carteira. E entre os três, são
três que junto á primeira acabada de beber!
Não posso dar parte de fraco e lá vai de um
trago as restantes para gaudio do alemão, dando-me um abraço que quase me tomba
do banco. A minha sorte, foi estar agarrado ao bar.
Ele lá se vai, por entre cumprimentos e
entoando cânticos estridentes.
Ufa que alivio, resguardo-me num canto a
ouvir Bobby Marley e sonhando com um rosto, que me acompanha a cada hora do
dia.
Agora terminada a caminhada para fazer
desaparecer os vestígios de algum álcool dos pés à cabeça. Deparo no
deserto de uma praça, que umas horas antes respirava enorme entusiasmo.
O domingo para os alemães é dia de curar as
euforias junto á lareira, com a família.
E para mim é a vez de preparar o almoço que
só sai quando me der a vontade para a costela assar no forno. Ainda com vinho português
que a minha adega me ofereceu no retorno.
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