Deu-se a tragédia com contornos tão escuros,
como a noite que ajudou o mar a levar para o seu colo, seis jovens na flor da
vida. Na flor de imensos sonhos.
Seis jovens, julgavam-se preparados para as
praxes do costume. Pensando eles, ser um ritual que os preparavam para a vida,
como a prova de fogo para enfrentarem os fantasmas do futuro.
Seis jovens estavam preparados para tudo!
Menos para a onda que os levou em ondas, na direção
ás entranhas do sufoco que os abafou para a morte.
Eram guiados por um Mestre.
Especialista em praxes académicas e não só.
Guia esse que os encaminhou para a morte, de
uma forma tão inconsciente, como terrivelmente estupida.
Um guia é sempre o último a abandonar o
navio. Mas como neste caso não existia nem um bote. Ele nem sequer colocou o pé
na poça de água gelada.
Por isso pôde correr a sete pés na busca de auxílio.
Que quando chegou, era tarde demais para estender a mão, aos braços á muito
tempo cobertos pela água salgada já longe da costa.
Recuperados os corpos já irreconhecíveis (e
ainda bem), para a família não se aperceber da aflição angustiante por eles
passada, nos minutos antes de sucumbirem á praxe que todos sentiam ser o abrir
caminho para a emancipação futura. É chegada a hora de pedir responsabilidades.
A quem?
O mestre está amnésico!
Por isso a verdade nunca virá ao de cima.
Portanto o melhor é acabar com este tipo de
praxes que podem levar (inconscientemente) à morte.
E como casa arrombada trancas à porta.
Só me
apercebo de imensas vozes para acabarem com as praxes. Vindas de todo o país
das mais diversas formas e com episódios recentes que podiam se transformar em
tragédias de tanta dor como a recente.
Entretanto impera o silêncio!
Como o silêncio é de ouro. Este caso irá
virar lenda, para muitos anos depois quando alguém passar no local, onde seis
jovens foram levados pelo mar, que fez dele joguete de praxe académica. Comentarem:
Aqui pareceram seis jovens preparados para todo o tipo de cambalhotas
praxistas. Menos para a cambalhota fatídica!
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