O 25 de abril, estará sempre enraizado nas
nossas vidas. Sempre!
E a cada ano que se comemora, mais vincado
fica o seu significado.
Apesar de sentir, que muito do que, com o
sair á rua em setenta e quatro reivindicamos e passamos a usufruir. Foi levado
pelas artimanhas dos novos políticos e com o nosso deixa andar, hoje as
conquistas não são mais que a nostalgia do poder que adquirimos há não muito
tempo atrás.
O povo foi moldado com o decorrer dos anos,
sem se aperceber que se encaminhava para a boca do lobo. E presentemente, quarenta
anos depois sinto. Que já não temos volta para recuperar os argumentos com que
obtivemos a vitória.
Não nos apercebemos que nos estavam a separar,
evitando com isso que a força do povo permanecesse indissolúvel. E de uma enormíssima
união que jamais seria vencida. O povo sente agora que é presa fácil para fazer
calar a sua revolta.
Os discursos que se ouvirão na sua comemoração,
serão não mais que o desabafar do que se conquistou e a certeza do que deixamos
perder. E obrigados a ouvir da boca de quem sabe, que nós sabemos. A hipocrisia
de o elevar como grandíssima conquista perpetuada ao longo das próximas gerações.
As armas que eram visíveis á quarenta anos. Serviram
para libertar sem necessitarem de abrir fogo.
Hoje idênticas armas servem para amedrontar e
silenciar quem tão isolado tenta acordar, as conquistas de um Abril que se
deseja tão perto. Mas que Deus permita que não. Tão inacessível nos tempos mais
próximos.
Abril sempre, irão dizer todos daqui a dias!
Abril como nostalgia, dizemos todos olhando
para os cravos que ainda muitos colocarão no rebuço.
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