Quero-te, quero-te,
quero-te!
Que desejo tão presente. Que necessidade
premente. Que angustia, contigo tão longe!
Inteira ou feita em cacos. Tenho
todo o tempo do mundo para te juntar os pedaços.
Porque a distância quebra
por vezes os laços.
Mas o Natal torna-os a juntar aos nacos, em
prendas bordadas com linhas banhadas em transpiração de desejo, que me
enlouquece os pensamentos.
Corro pelas trincheiras das
ramadas, banhadas com o tempo que a Natureza resolveu-me presentear.
E hoje, ofereceu-me um sol
que me despiu as mantas e deixei que o céu se risse, com as tatuagens das trombadas
e a brancura da natalidade.
Agora a noite desceu sob as
catacumbas do descanso. E ouço o teu chamamento, que já leva mais de dois meses
de saudade.
Mas o grito de me queres é
intenso e ressoa nos meus ouvidos traumáticos, pela angústia de viver bem longe
do querer-te. Mas sempre perto de me teres.
Porque sei que o teu coração
continua intacto!
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