domingo, 13 de novembro de 2016

Pessoas com uma sensibilidade fora do Comum.




Semana duríssima que ainda há pouquinho terminou.
Hoje é o descanso merecido e aguardar que nova semana se aproxime, para devanear com o correr dos dias e pensar no Natal que de certeza, irá alegrar este coração encolhido.
Chuva constante a enlamear o chão que temos que erguer.
 Frio sistemático, vindo de todos os lados e infiltrando-se nos poros que tentam respirar fora de um leque de roupa, que de pouco serve para aliviar este frio vindo dos Alpes malditos.
 Neve! Cada vez que desce a temperatura e lá se vai o que protege as mãos, fazendo dos dedos agulhas que se mutilam entre si, levando-me ao desespero até que o calor do contentor, me devolva de novo a corrente sanguínea.
 E uns raios de sol extemporâneos.
 Inspirados como se o ar ameaçasse faltar a qualquer momento, para aquecer a vontade em continuar.
Mas foi uma semana de elogiar, quem por aqui na Áustria nos comanda!
Por duas vezes fomos brindados com umas salsichas quentinhas que deram um aconchego ao estômago e aqueceram o corpo farto de sandes de porco fatiado.
Café a qualquer hora, dentro das pausas que nos concedem com vontade. Quentinho desde o nascer do dia
Na Sexta-feira, foi o Carnaval por estas bandas e no meio do nada. Por entre as escoras hirtas segurando as ramadas que suportam a laje, surgiu o encarregado austríaco, vestido de palhaço, com quatro caixas de bolas de Berlim na mão!
Ficamos boquiabertos!
Com a bondade do homem e com a coragem de se vestir com aquele adorno. E logo ele que pesa quase cento e cinquenta quilos.
Um momento inolvidável com as fotos para a posteridade. Fazendo esquecer as horas antes de uma chuva constante, que nos deixou ensopados até aos ossos. E como agradecimento por belo gesto, trabalhamos para lá da hora do almoço, (já tínhamos estado no quentinho, muito depois do tempo da pausa), aproveitando as tréguas de uma chuva que só reapareceu com o final do dia.
Pessoas extraordinárias!
Pessoas com uma cultura e uma sensibilidade fora do comum.
Pessoas que pouco tem mais do que nós. A não ser a bondade de expressar o nosso apego profissional e muito oferecem, comparando com alguns” Inhaques”, que me tenho cruzado neste longo e delicado caminho.
É a vida. Cada um tem aquilo que merece!

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