sexta-feira, 16 de julho de 2010

A Chuva Apareceu para Lavar a Alma ao País


A chuva apareceu para lavar a alma ao país!
Um país mergulhado na penumbra da pedincha para fazer face às bocas esfomeadas por emprego e por subsídios que anos a fio foram o garante da subsistência do grosso da população.
Este país já só pode lavar a alma, porque o corpo está impregnado de sujidade que só uma enxurrada colossal o limpa dos enormes vícios tão densamente tatuados nas esquinas das milhares de ruas que pisamos diariamente.
Não acreditamos em ninguém! Dado que ninguém infelizmente nos aufere garantias para tal.
E pior que isso, é a falta de segurança das pessoas que nos governam. Elas próprias balançando a cada dia que passa, tentando mostrar uma realidade a anos-luz do que realmente se passa e sempre com a preocupação de esconder o futuro e focando incessantemente o dia que decorre para que o povo se resguarde no esquecimento do que irá vir a curto prazo.
Esse futuro que vai trazer nuvens negras, umas a seguir às outras, ofuscando o sol do aquecimento do corpo martirizado pelas constantes irritações sociais.
Como as mangas estão tão curtas para tapar a realidade do país, busca-se na redução das regalias sociais e na obrigatória paragem dos investimentos públicos, a forma de apanhar meia dúzia de migalhas para poupar no que monstruosamente se gasta. E com a subida de impostos directos; tantas promessas que viraram verdades cruéis. Mais os indirectos que não ferem muito porque passam muitas das vezes ao lado dos milhões que também não desapertam um botão para se porem à-vontade perante a realidade. Leva a que a água ainda chegue um pouco ao moinho já com os dias contados.
E assim vamos vivendo, porque só pensamos no dia de amanhã!
E ao pensar assim, uns enchem o saco numa de oportunistas de ocasião e enquanto permanecerem nos altos cargos, empoleiram-se no peitoril da janela do compadrio até lhes assegurarem o lugar desde logo nos quadros das grandes empresas e terminando o ciclo político que lhes reservaram, iniciam o novo cargo como se de um prémio pela enorme dedicação ao país se tratasse.
Dedicação essa carregada de incapacidade na maioria dos nossos governantes.
Mas como já milhentas vezes referi: só temos aquilo que merecemos e assim sendo cada um que se desenrasque e faça a festa, lance os foguetes e apanhe as canas!
Os que não conseguirem, que rezem na procura de um milagre.


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