quarta-feira, 21 de julho de 2010

Os Anjos da Guarda


A propósito deste tocante relato, bem longe das nossas praias mas aqui ao lado na terra dos nossos vizinhos. Descobrimos gestos que nos dão a certeza de que o mundo pode ter anjos da guarda em qualquer canto, basta que alguém esteja no sítio certo à hora certa, apesar de tudo. E se esse alguém que está no sitio certo, se multiplicar por milhões em todo o globo. Podemos aspirar a que o sofrimento seja significativamente atenuado.
Este seu gesto reflecte a grandeza do ser humano quando num impulso salta para o amparo de quem está indefeso.
As lágrimas que esta senhora chorou, depois de tudo ter passado, são de revolta e ao mesmo tempo de consolação pelo gesto que teve, saindo bem do fundo do seu ser e afagando o pobre coitado, perdido naquele oceano de fúria.
O mundo é maravilhoso quando dele faz parte pessoas como esta senhora. Houvesse milhentas como ela e todos poderíamos saborear a areia macia da praia, vendendo e chupando gelados. E refrescar as ideias nessas águas refrescantes e convidativas, como deviam fazer alemães ainda pegados a uma memória catastrófica. E agentes da lei, prontos a descarregarem a raiva de uma extenuante profissão nos pobres desgraçados que vêm à procura de meia dúzia de euros para alcançar um futuro que está longe, tão longe, obrigando a custosos sacrifícios.

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