Barcelos
fervilha de uma ponta a outra!
Tornou-se
chão que dá uvas, neste Verão cheio de sol e noites quentes.
Barcelos
é o expoente da adrenalina, tantos anos arredada desta cidade pequena. E por
ser pequena, está a abarrotar de jovens e diversão, por todos os cantos.
Os
“Milhões de Festa”, atrai gente do país inteiro, mais os estrangeiros já
batidos nesta festa, oferecendo um movimento à cidade nunca antes visto.
Concentram-se
no Parque para dormir umas horas, em tendas artesanais, lembrando acampamentos
de escuteiros, misturados com o arvoredo. Lá descansam algum tempo, depois dos
saltos e berros ao som das bandas, que abanam os palcos, refrescados pela brisa
do rio e mascarados de manchas escuras devido ao pó que se cola ao suor, dando-lhes
um ar de militares em semana de campo.
Mas Barcelos
é muito mais que o Milhões, embora este evento seja o cartaz, que leva Barcelos
para fora das muralhas dos Duques de Bragança.
É o
lançamento do livro do Zé, com os seus convidados, que deram um colorido
fantástico ao Circulo Católico, onde eu e ele assistíamos a filmes nesta sala
de cinema que marcou uma época, cá na cidade, numa altura que só vivia do rio
para acotovelar e dar alegrias aos Barcelenses.
Vi o
Zé, onde gosta realmente de estar!
Junto dos
seus miúdos, mais a sua querida amiga Cristiana (que dupla, no recital dos
poemas de sua autoria).
Da sua família que o acompanha por todo o lado,
menos nos bares, onde o Zé arranca a inspiração (muita dela) que enche os
livros de histórias, que o próprio filho lê para nós.
Pelos amigos, poucos, mas do peito. Abraçando
causas nobres e indispensáveis, contribuindo para o engrandecimento da APACI,
liderada por uma mulher, que emocionada, lhe pediu o rosto (sem barba, assim
parece um menino). Para a grande campanha de angariação de fundos, desta instituição
que ampara jovens, que sem ela não tinham esperança.
Que
pena não lhe oferecer uma cervejita bem fresquinha, que os seus olhos bem
pediam, mas a ocasião era para a água e mais água.
Ainda a
noite era uma criança, deixei o Zé envolvido na distribuição de frases simpáticas,
levadas com os livros. E embrenhei-me na cidade a fervilhar de animação.
Não me
lembro de percorrer Barcelos, com tanta alegria reflectida nos rostos de quem
caminhava.
De quem assistia à Banda Plástica.
De quem se deliciava com uma bebida fresca, ao
som do Jorge Lomba.
De quem
pura e simplesmente percorria toda a cidade e encontrava ritmo alegre para
refrescar o calor que o adiantar das horas, teimava não desanuviar.
Barcelos
finalmente está virada para quem realmente faz algo por ela.
O seu
povo bem merece e nestes momentos, esquece-se um pouco as amarguras da vida,
deixando vir ao de cima toda a alegria.
Parabéns
aos promotores e força Barcelenses, gozem o que vos oferecem, porque o tempo
continua a ser de vacas bem magras.
Sem comentários:
Enviar um comentário