segunda-feira, 2 de julho de 2012

Foi-se o Futebol regressamos a Casa

O futebol terminou e deixou de aquecer as nossas ilusões, depois da caminhada da selecção. Deixando o país a sonhar com a final, que não esteve assim tão longe. E agora que findou, ficamos com a sensação que virada a Espanha, seriamos nós os campeões.
E com o futebol "de vela", logo o país voltou á rotina caseira e ainda os cartazes futebolísticos não foram retirados das esplanadas, já todos se manifestam pelas ruas de Lisboa em direcção à Assembleia da Republica, na busca de recuperarem o que este governo, num simples toque de telefone, lhes tirou da mão num abrir e fechar de olhos.
São as greves anunciadas a marcarem a agenda diária.
Greves de quem tem ainda poder económico para abalarem com as boleias bem pagas, dos portugueses, em trânsito para o seu sustento.
São os despedimentos, numa simples mensagem de sms, tão fria, que bloqueia momentaneamente o cérebro de quem tantos anos a fio, fez daquela empresa a sua segunda casa como abrigo.
São os aumentos dos bens que nos dão luz e nos afastam das trevas roubalheiras. E do gás, que nos fazem as refeições, arrastando ainda mais a penúria de uma boa parte de todos nós.
 Os nossos ministros, ou não têm a noção de como o povo vive. Ou tentam mostrar-se em bons samaritanos, dirigindo-se à boca do povo, nas manifestações até agora preparadas, para irem de encontro ao ministro que se apresta para chegar às inaugurações, mostrando que o país marcha ainda assim de encontro ao desenvolvimento. Tentando explicar o inexplicável.
Como se pode explicar algo:
A quem perdeu o emprego.
A quem assiste dia-a-dia ao buracão do BPN , feito por ex ministros.
Como se pode explicar, os políticos acusados de corrupção e ilibados por prescrição.
Como se pode explicar, negócios de submarinos, num país à deriva.
Pior irá ser as manifestações aí à porta, momentâneas. Feitas num folgo desesperado, com bandeiras pelo ar desgarradas e pessoas em desespero de causa, esticarem-se ao comprido nos carros oficiais, interrompendo a sua marcha, para gáudio das televisões famintas de encontrões. Entre quem nos governa e quem se deixou vencer pelos sucessivos desgovernos.
Enfim, a partir de agora vai haver seguranças a toda a hora por onde um ministro passe.
E aconselho a não se chegarem ao povo!


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