As férias
estão no começo do fim!
É hora
de procurar queimar as ultimas energias, no prazer que as férias proporcionam. São
milhares a encher as praias, num pé apressado, já que o carro ficou bem longe
do rebentar da onda. Com a lancheira numa mão e o filho mais novo na outra, deixando várias
vezes o chinelo para trás, que irrita o pai, ansioso para ocupar o areal bem
perto do mar, já fortificado de guarda-sóis da Coca-Cola e da Olá.
Espalmam-se em banhos de sol, com o mar sempre
presente, onde a água nos oferece uma temperatura de presentear os mais
renitentes. Colorindo os corpos com um bronze, mesmo aos mais resguardados,
nestes dias cheios de sol, com calor intenso. Enchendo as explanadas, com
imigrantes dos quatro cantos do mundo.
Dezenas e dezenas de romarias que estão a meia
dúzia de minutos, com cantores cheios de energia, procurando cativar a alegria
dos presentes, não se cansando de pedir palminhas para cima, braços estendidos
para as estrelas e bailados bem junto ao palco. Por fim lá vem o fogo-de-artifício,
iluminando o céu, e deixando por segundos contar as estrelas numerosas, que
enfeitam as noites belas deste querido mês de Agosto.
Já se
correu para Fátima, numa paragem obrigatória. Pedindo a ajuda da Nossa Senhora,
na protecção de mais um ano, para lá das fronteiras deste país, que logo que Setembro
chegue, nos vai azucrinar com mais tentativas, para nos abafar ainda mais as
parcas economias.
E acima de tudo a união da família que sempre
distante, se junta agora em momentos de alegria. São os avós, que se prontificam
a ser os caseiros dos bens dos filhos, amealhados pelos euros ganhos na labuta
lá longe.
São os
netinhos que de ano para ano crescem como os feijões, obrigando os avós a
esticar as mãos para os abraçar ao mesmo tempo que se emocionam perante a
estatura dos garotos.
E claro
os filhos que regressam neste Agosto, cheios de novidades e saudades, para
abraçar os pais e gozarem um pouco das comodidades, do lar que ergueram bem
juntinho ao coração dos progenitores.
É gozar, é gozar. Antes que as lagrimazitas comecem
a desabrochar nos rostos marcados pelas canseiras da vida. Porque o regresso
está quase, quase a ser uma realidade.
Enquanto
ainda resta alguns dias, à que aproveitar esta adrenalina e encher as ruas, de
cidades, vilas e aldeias. Com a agitação popular, de saco às costas e chinelos
de dedo, calcorreando as calçadas em direção ao consumo, cada vez mais minguo.
1 comentário:
a Rentrée é como o despertar de um sonho, que amaina a dureza da vida.
Gostei!
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