Estou a ficar com esperança em encontrar uma
alma que me abrace.
Para lhe pedir que me estenda a passadeira do
amor,
Assim gatinho, sem esfolar, os joelhos de
tanto penar para o alcançar.
O amor sempre o amor!
Tantos, sobre ele escrevem. Vincando a raiz
profunda de onde ele brota, para aquecer os corações dos amantes, perdidos numa
loucura estonteante, que os levam aos picos infinitos em ardentes paixões, por
vezes drasticamente interrompidas, banhadas em sangue dolorosamente derramado.
Falam
dele. Desse amor pelos cotovelos. Mesmo que, repetindo-se uma vez. Cem vezes. Milhares
delas. Sei lá, uma vida inteira, já que o amor nasce connosco e cabe a cada um
de nós desabrocha-lo enquanto a vida nos abre os olhos a cada dia.
Matam-se
por ele. Só o amor nos faz correr esse risco.
O risco da vida que está associado ao risco
do amor, quando ele se quebra na mulher da nossa vida. Na amante proibida.
Mas aqueles. Ai aqueles!
Homens e mulheres que amam anos a fio,
mergulhados na escuridão de um rosto, sonhando no belo dia, que a luz deste
sol, o traga de encontro aos seus olhos e o beije de tanta alegria.
Ou no pior dos casos, levam nos olhos pela última
vez fechados, que a terra irá comer. As memórias desse rosto tantos anos amado.
Tantos anos glorificado. Tantos anos adorado.
E pedra sob pedra,
construímos o que somos, com o amor fortificado no nosso destino.
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