As férias vão no meio da
ponte!
Já saciei a sede da saudade
e da ansiedade.
Levanto-me de costas
direitas. Com uma imensidão de horas para fazer o que mais me dá prazer e o
tempo é tão extenso que pela manhã estou na praia. Observando o regresso dos
barcos da faina, depois de rezas pela madrugada para uma pescaria farta e como
me apercebi, meia dúzia de cabazes de peixe médio, é o pecúlio de mais uma
saída ao mar imenso.
Pela tarde passeio com o
pequenote.
Satisfaço-lhe as
necessidades e lá compramos os ténis, para substituir os já gastos, nos chutos
em tudo que rola.
Em banalidades que nada me
custam, mas para o puto é uma alegria do pai que está por dias.
Num jogo de bilhar a quatro
e lá me vejo rodeado com miúdos de chupa-chupa, felizes da vida, batendo-se
como leões para vencer e serem campeões.
Rio-me com eles, vibro cada
bola que entra como eles o fazem. Elevando o taco no ar, como se de um troféu
se tratasse.
E levando as mãos ao rosto para esconder o
desalento de falhar uma bola, tão fácil.
E pela noite, ó noite
bendita!
Primeiro, marota. Obrigas a
espera prolongada, num entra e sai de ligeira inquietação.
Paro por entre lojas
carregadas de panfletos a incentivar à formação, com preços convidativos mesmo
para aqueles em situação aflitiva.
Depois sim!
O rio é testemunha. Sempre no
seu percurso, levando o caudal para se encontrar com as águas que me
refrescaram, ainda o dia se iniciava.
Estava bem perto e
testemunhava os meus gestos. No início ligeiros toques de dança, numa disposição
feliz e pedindo companhia para acompanhar a música que tornava agradável aquele
espaço ao ar livre.
Uma ligeira brisa surgiu!
Lá estava o vento a reclamar
o seu espaço.
Não estava para danças, mas
sim para atrair esperanças.
Chegou mudo, queria escapar
calado.
Resguardou-se num canto,
deixando ser a minha vez de utilizar o palco do encanto.
Um, dois, toques de magia. E
o sorriso que tenho perseguido, voltou a alegrar aquele rosto lindo.
Ofereceu-me o consolo de desejos arduamente
perseguidos e finalmente conquistados, em arrepios que não são de medo nem de
frio.
Que extraordinária sensação
estar longe, do longe onde permanecia
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